DireitosReservados

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☆poemasEleonoraMarinoDuarte☆edição&arteWalkyriaSuleiman☆

16 de nov. de 2011

Ecrã






































A carne de uma Carmem me consome,
devora-me a alma a alma vil, mundana,
me dano me dando aos danos diários
testemunhando o vício de esquecer-me.

Esquálida esfinge sopra sobre mim
a cantiga de quem se perdeu de si,
decifro, não me decifram, decidam
se seguirei revogada ao amargo da língua!







foto: CatharinaSuleiman - wwabout today 11

19 comentários:

Thata disse...

LINDO!!! COMO TUDO QUE VC ESCREVE!!!
BJOS

Tania regina Contreiras disse...

POESIA...sempre, das melhores. Eu sou superhiperfã. A concepção desse espaço é fantástica, bom gosto em tudo. E nos versos eu me embalo.
Sempre importante passar por aqui.
Beijos, meninas!

Unknown disse...

derramem-se as aliterações para que a língua sorva o silvo,

beijo

Eleonora Marino Duarte disse...

thata, fico feliz por saber que você me lê! que coisa boa!

obrigada por vir,

um beijo para você!

Eleonora Marino Duarte disse...

tanita,

acho que a grande oportunidade do Mnemosine realizar o seu objetivo maior seria poder escrever versos para fotos tuas feitas por
uma de nossas lentes. seria para
mim como capturar a musa que nós criamos aqui, de cativada pelo lugar à definitivamente cativa do lugar! colocá-la em uma redoma de memória para o público poder ter você para si seria um luxo!


seria maravilhoso.. vou sonhar com isso!


obrigada por sempre estar aqui conosco.

um beijo!

Eleonora Marino Duarte disse...

assis,

que bonito!

eu gosto do gosto da repetição.

obrigada pela leitura, poeta!

Cris de Souza disse...

aqui tem arte elevada!

beijo, bela.

eleonora marino duarte disse...

cris-tal,

com a tua leitura tem também elevados brilhos e intensas luzes.


obrigada, meu anjo!

guru martins disse...

...mulher...
o drama
faz parte
de tua
natureza...

bj

Eleonora Marino Duarte disse...

guru,

faz parte!

beijos.

Luiza Maciel Nogueira disse...

Palavras sensórias, de pele e nudez. Pergunto-me como consegues :)

Beijos

eleonora marino duarte disse...

luiza, vieste!

que bom, que bom, que bom!


um beijo, querida. obrigada por vir ler-ver.

Francisco Coimbra disse...

POSSESSÃO

Entro na área da ópera
visando a baliza da letra
com a alma da música
Digo as coisas absurdas
nada tendo de moucas
Olho as lágrimas correr
pelo seu calor na pele
Entro na ária da ópera
vestindo fato do cantor
disfarçado de pastor
Corro atrás de ovelha
solta na cena com uma
fita presa a seu pescoço
Digo absurdas as coisas
sem querem outra coisa
Sinto o seu calor na pele
até fazerem rir cócegas
Cegos sentidos esperei
espreitando da chegada
O lugar das coisas é nu
mais nítido no seu lado
interiorizado - fora de si

(coisas nos pertencem,
se nosso ser as possuir)

O que dizer? Ler é encontrar sentido fora dos sentidos, indo pelo intelecto perceber que, na arte, quantas vezes, quase sempre, depois de ler, nada se deve acrescentar, digo, dizer.
A_braços!!

Francisco Coimbra disse...

... sem querer outra coisa

EMD disse...

fran-cis-co

(coisas nos pertencem,
se nosso ser as possuir)

vou guardar na redoma dos sentidos a sua dedução tão pertinente...

quanto ao verso, eu só posso lhe agradecer por colaborar generosamente para que os sentidos dos que nos visitam e olham as postagens estejam sendo banhados constantemente por poesia das melhores. a tua poesia.

quando vens sempre traz consigo a marca d'água do lirismo, sempre nos oferece versos belos e que intimamente se completam ao que cá está.

sou fã do seu trabalho e tenho acompanhado de pertinho cada uma de suas postagens tão inteligentes. demorei a te descobrir, mas agora que descobri fico a querer descobrir mais e mais e mais do poeta.


vou colher para mim a pérola

''O lugar das coisas é nu''

um beijo.

Carmven disse...

lindo poema, lindo blog.

as carnes de uma Carmen formam um território cheio de vales e desfiladeiros. é preciso destreza para explorá-las sem se perder.

si je t'aime, prends garde...prends garde!

catharina suleiman disse...

Ai...o lugar das coisas é nú....




...

eleonora marino duarte disse...

Carmven

andei olhando tuas coisas,

quase me perdi!

percebo que conheces bem a carne de Carmem.

muitíssimo obrigada por vir!

espero que retorne.

forte abraço!

eleonora marino duarte disse...

catharina...

que frase a do francisco coimbra, não¿

um beijo, querida!