30 de mai. de 2011
Sobrearco
Em direção ao poente, sol e saudade
se guardam em caixa silenciosa.
Quantos olhos têm o mundo?
Sair do lar na compaixão de voltar
sem tamanho para as estradas
nem divisas para os palmos,
Sumir a cidade, certos do regresso,
muito empenhamos em postais
e alguma ou muita lágrima,
Alguma ou toda a lágrima que se verte
ao desafio de construir o fim em frase
apontando a letra no “até breve”...
Mas sérios, severos, roubados pelo tempo
que não retrocede ao portão de casa,
nunca retornamos à porta da frente.
foto: CatharinaSuleiman
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musa∞4
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12 comentários:
[adivinhar o caminho incerto, seguindo certo o todo o passo, ida e regresso, do corpo, de todo o tempo]
um imenso abraço às Musas
Leonardo B.
Ave Mnemosine! Veio trazer-me à tona, coisas ocultas ao regaço dos sentidos...
Miltão é preto bão, pra dizer por mim:
"E na despedida,
tios na varanda, jipe na estrada
E o coração lá"
Bons ventos, amadas musas...
Oooiii, Gurias
Uma Alma alada não se contenta em uma única morada... a fronteira é sempre mais além!
Lindo sempre!
A foto, então, poesia pura tb!
Bjs
leonardo b,
ir-se!
obrigada por vir!
leandro,
realmente, a canção do querido milton dá o tom!
aliás, eu adoro a canção...
um beijo, amado das amadas.
eania,
alma alada...
que belo!
um beijo, querida!
...ainda bem...
bj
as vezes acho que sim,
as vezes acho que não,
mas é fato, uma vez fora, nunca mais recuperamos o cheiro de casa, daquela que foi a casa dos nossos pais...
um beijo, guru!
BB
Esse poema me diz muito. Fala sobre partir, recomeçar, fala em não deixar o hábito e a preguiça tomarem conta de nós.
De um lado sim, é bom partir quando se tem o coração nutrido, a alma feliz e a auto-estima florescida pelo carinho.
De outro é muito triste partir, quando se está sozinho, desterrado e encurralado.
Penso que na vida estas situações se alternam. E quero, mais e mais, sair para novos horizontes, apenas quando o ciclo se fechar, e não por pressa, ansiedade, egoísmo, medo ou vaidade.
Tem muito chão ainda pra que a gente consiga entender nossos atos, dos mais simples, aos mais simples ainda.
te amo minha irmã
ah, e tá difícil acertar esses logos aqui, minha foto, a mnemosine.... fica brava não
Wania
alma alada, exatamente como nos sentimos podendo fazer esse blog, viajar nas nossas fantasia, dores, acertos e desacertos da vida.
Obrigada por vir!
Leandro
já te disse como gosto do jeito que vc escreve?
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