DireitosReservados

DireitosReservados
☆poemasEleonoraMarinoDuarte☆edição&arteWalkyriaSuleiman☆

15 de mai. de 2011

Agreste


A semente do outro é sempre fértil
reforça os ciclos naturais da Terra,
mas ainda assim, não me frutifica.

A semente do outro acaricia o solo
para que eu repouse o meu ideal,
mesmo intensa, não me floresce!

A semente do outro se resguarda
da chuva em confortável estufa,
por proteção, não me fecunda...






foto: CatharinaSuleiman

16 comentários:

catharina suleiman disse...

Ta tao leve...tao agradavel...dizem que tem que demorar para mostrar um trabalho...para ter tempo de olhar mil vezes e ainda te agradar...so entao esta pronto...eu sempre gosto...sempre me sinto bem...

Unknown disse...

BB
Nunca deixo de ler teus poemas, como se fosse a primeira vez, principalmnete quando vc fala de mim/você, ou de tu/eu.

Tem uma ressonância que me faz acompanhada, nas tuas palavras, nas tuas mãos e no teu amor.

Obrigada sempre minha irmã, e te cuida, senão te deserdo.....hahahahaah


PV: skinface
TRAD: trazemos na pele de nossa boca a cara de nossa alma. (Ai tradutora porreta que sou!)

Breve Leonardo disse...

[dos trabalhos da terra e pedra em bruto no mundo, a delicada mão da chuva, das águas mães que a acolhem, o corpo se refaz, de estação a cada estação do tempo, do todo o grito onde o finito se refaz]

um imenso abraço, às musas

LB

Unknown disse...

parece que nas retinas germinam outros lilases, sempre agrestes


beijo

betina moraes disse...

catharina,

você é um talento, sua visão artística é superior.

:)

um beijo, querida.

betina moraes disse...

assis,

bonito isso...

um beijo.

Unknown disse...

Assis
parece mesmo infinita a nossa capácidade de ver além. Obrigada por compartilhar a sua. E sim, vejo lilases além do ato de estar perto, fisicamente falando.

Unknown disse...

cata
já disse quanto gosto desse seu olhar para seu trabalho?

Unknown disse...

BB
essa poesia me traduz muito fortemente, e a tudo que penso na difícil arte da convivência.

Se é verdade que nâo existe felicidade sem ser compartilhada, também é verdade que ese ato de compartilhar passa por outros matizes que desconhecemos.

Esse poema tenta revelar isso, de forma sutil e quase conformada. O outro existe, é presença vívida em nossa vida. Pode dar conforto, cumplicidade, mas nunca poderá ser a semente que mora em nós, ou a atitude que nossa mente decide, ou segurar consequências, de atos que são apenas nossos.

BB..... gostei tanto

Francisco Coimbra disse...

PÉROLA

na leitura transformo-me em escrita
tentando ler-me a pô-la à vista

numa primeira tentativa mostro…
à segunda meto-me dentro da ostra

Duas pérolas, texto e imagem, procurando fazer uma colagem… junto “pérola” ao colar, ao calor, ao não calar da beleza encontrada! Parabéns, beijos soprados de longe***

Unknown disse...

Francisco
que metáfora surpreendente...
sua visita, sempre uma novo alento

Sylvio de Alencar. disse...

De que serve, então, a semente do outro? Que o outro encontre, então, um solo que lhe seja acessível? Talvez não uma colina aprazível em suaves curvas..., mas um escarpado terreno, embora (tem que ser!), ensolarado. Talvez!

Betina Moraes disse...

talvez, sylvio... talvez


um beijo!

Sylvio de Alencar. disse...

O talvez é uma resposta sem definição, mas não reclamo; a vida, fora de um determinado plano, é um talvez completo!

O que muda tudo, tudo, tudo, nesta resposta, é o beijo que me manda; cujo significado eu retenho para mim, como algo carinhoso que justifica, dá continuidade e uma razão, para vivermos a vida; que nos foi oferecida.

Independente de aceitar ou não, a semente que não a frutifica, sua afetuosa disponibilidade perpetua essa possibilidade. Percebe-se que a terra com que é feita, é fértil. E isso basta.

Um beijo para você também, minha poeta, e amiga.

betina moraes disse...

queridíssimo,

o poema não fala sobre mim, nem sobre a wal... fala sobre a fotografia, a imagem, o impacto que a imagem me causa, o que eu li na imagem!

quanto a mim, a semente do outro tem feito árvores!

+mais beijo+, já que de beijo você gosta. :)

Sylvio de Alencar. disse...

Eu sei disso Bê...

Quando alguém cria, recria, coloca alguma coisa na realidade, o está fazendo através de si; e ao fazê-lo insere no contexto da criação sentimentos que lhe são próprios.

Não comentei me baseando numa pessoa específica, embora este tipo de coisa as vezes aconteça; mas não neste caso.
Meu comentario foi dirigido a pessoa que o escreveu, e não nescessáriamente a que viveu esta realidade, ou, a sentiu.

De qualquer forma, vc sempre estará atrelada íntimamente ao que cria.

Meu comentario destoa dos outros postados, achei que alguma reação causaria.
Como uma pessoa especial, vc merece comentarios 'especiais'.

Entre outras coisas, vindas de vocês mulheres (como um olhar por exemplo), adoro beijos!

Carinhoso abraço.